O QUE DEIXA VOCÊ FELIZ DE VERDADE?
- Daniela Devides
- há 5 dias
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Atualizado: há 3 dias
Segundo Aristóteles, a Felicidade é o sentido, o objetivo da vida, o propósito e a finalidade da existência humana. Não há como contestar. De alguma forma estamos procurando algo que nos deixe de maneira confortável, de satisfeitos, ou seja, estamos sempre à procura do bem-estar subjetivo. Só que existem alguns desafios e o primeiro é não entender o que realmente nos completa, o que nos deixa verdadeiramente feliz.
Todos nós buscamos essa tal felicidade e achamos que ela está em uma casa maravilhosa, no carro último modelo, na viagem dos sonhos ou, até mesmo, no casamento ideal. Nos esquecemos que as pequenas coisas, os momentos que passam despercebidos, pequenos gestos de gentileza, cuidados consigo mesmo e a simples presença de alguém que amamos podem ser, sim, o verdadeiro sentido do que nos deixa felizes.
No relato de uma atividade desenvolvida por uma professora da Educação Infantil, em que a mesma inseriu o trabalho das emoções com crianças de 5 anos, foi surpreendente o posicionamento de cada uma delas no que diz respeito a resposta da pergunta: “O que deixa você feliz”? A grande maioria relatou que a sua felicidade estava no brinquedo novo, na roupa bonita e no tênis que tinha acabado de ganhar, apenas uma criança direciona o beijo carinhoso que acabara de receber de sua mãe antes de ser deixada na escola.
Triste realidade. Infelizmente, nossos pequenos estão sendo criados no mundo materialista, onde a busca pelo prazer imediato e pelo bem material se tornam o objetivo maior, ou seja: a “conquista material” da felicidade! A minha geração também foi criada assim. Precisamos deixar muito claro que Felicidade não é um destino, um lugar que você um dia irá chegar, ou algo que iremos ganhar ou comprar. Felicidade é um caminho, um verdadeiro processo de uma vivência diária.

Outro grande desafio, que contribui para o equivocado entendimento de Felicidade, é o ritmo frenético que vivemos onde o acúmulo de afazeres e responsabilidades nos tornam escravos de cumprimentos de prazos, metas e deveres. Temos de aprender a simplificar a vida, ou seja, diminuir a velocidade. Reduzir a complexidade de sua rotina exige alguns sacrifícios. A boa notícia é que simplificar a vida, fazer menos, e não mais, não exige o sacrifício do sucesso (vou falar mais sobre isso).
Quando eu digo que precisamos aprender a ser mais feliz, não estou dizendo que a felicidade exige uma constante experiência de êxtase e nem uma continua cadeia de emoções positivas. A pessoa feliz tem seus altos e baixos e entende, principalmente, que o período de insatisfação se torna, consequentemente, o de maior crescimento, isso é importantíssimo!
A Teoria sobre a Felicidade é clara e estruturada, mas a vida não é tão clara e muito menos estruturada! Por isso adquirir conhecimento em relação a este tema estabelece um ponto no meio do fluxo da vida, um suporte de apoio para passar de forma positiva pelas situações. Isto parece interessante para você?
A cada quinze dias trago assuntos relacionados a Psicologia Positiva, a Ciência da Felicidade, para esse espaço do Jornal O LIBERAL. Aqui está uma ótima oportunidade para aprender e colocar em prática todo o conhecimento que, com certeza, farão de você uma pessoa mais feliz. Felicidade se aprende e isso é maravilhoso!
Passar a criar a própria realidade e não reagir a ela é uma meta importante. Ser mais feliz é uma simples, única e extraordinária opção e, felizmente, esta escolha só cabe a você mesmo. Felicidade é simples, mas não é fácil. Bora aprender?
DANIELA DEVIDES
Especialista em Felicidade / Pós Graduada em Psicologia Positiva pela PUCRS
Escritora / Palestrante / Diretora do Colégio Degrau de Araçatuba
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